segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Versão de crônica - Autor Mario Prata

Mais um trabalho realizado para a Universidade. Trata-se de um texto com tom cômico, do autor brasileiro Mario Prata.

Original em português:

Quem escreve as bulas?

Quando me perguntam a profissão e eu digo que sou escritor, logo vem outra em cima: de que? De tudo, minha senhora. De tudo, menos de bula. Romance, cinema, teatro, televisão, poesia, ensaios, tudo-tudo, menos bula!
Uma vez, num barzinho uma gatinha me perguntou o que eu escrevia e disse que escrevia bula. Ela não deu a menor atenção para mim. Se dissesse que era cronista do Estadão talvez tivesse mais sucesso. Por que o preconceito contras as geniais bulas? Quando é bula papal todo mundo leva a sério, mesmo que seja para dizer que não se pode fazer amor sem a intenção da procriação (que palavra mais animal!)


Minha versão em inglês:


Who are the drug leaflet writers?

When people ask me about my profession and I answer I’m a writer, right after comes the question: What do you write? About everything, madam. Everything but drug leaflets. Romance, cinema, theater, television, poetry, essays, eeeeverything but drug leaflets!

Someday ago a hot girl asked me what I wrote about and I said it was drug leaflets. She didn’t give me a shit. Maybe If I’d said I was a columnist in The New York Times I’d have succeeded. Why so much prejudice against the clever drug leaflet? When it’s a Papal bull everybody takes to heart, even if it’s meant to state you’re not allowed to make love without the procreation intention (what a dirty word!).

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